A disacusia é um termo utilizado na medicina para descrever uma diminuição ou perda da capacidade auditiva, geralmente em um ou ambos os ouvidos. Essa condição pode variar em gravidade, desde uma perda auditiva leve até uma perda auditiva profunda. A disacusia pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida ao longo da vida devido a diferentes causas.
Existem diversos tipos de disacusia, cada um com características específicas:
- Disacusia Condutiva: Nesse tipo, a condução do som é prejudicada no ouvido externo ou médio. Isso pode ocorrer devido a bloqueios no canal auditivo, problemas na membrana timpânica ou nos ossículos do ouvido médio. A disacusia condutiva geralmente resulta em uma perda auditiva que pode ser tratada medicamente ou cirurgicamente.
- Disacusia Sensorioneural: Também conhecida como perda auditiva neurossensorial, essa condição ocorre devido a danos nas células ciliadas do ouvido interno (cóclea) ou nas vias neurais que transmitem os sinais sonoros para o cérebro. A disacusia sensorioneural é frequentemente irreversível, podendo ser causada por fatores genéticos, exposição prolongada a ruídos altos, envelhecimento ou outras condições médicas.
- Disacusia Mista: Alguns indivíduos podem apresentar uma combinação de disacusia condutiva e sensorioneural, resultando em uma perda auditiva que envolve tanto o ouvido externo e médio quanto o ouvido interno.
- Disacusia Central: Nesse tipo, o problema não está localizado no ouvido em si, mas sim nas vias neurais que processam os sinais sonoros no cérebro. Pessoas com disacusia central podem ter dificuldade em entender a fala, mesmo quando sua audição é aparentemente normal.
- Disacusia Unilateral: A perda auditiva afeta apenas um dos ouvidos. Isso pode resultar em dificuldades de localização da fonte de som e de compreensão em ambientes ruidosos.
A disacusia pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa, afetando sua comunicação, interação social e bem-estar emocional. Um diagnóstico preciso pode necessitar de exames específicos e levar a tratamentos adequados e estratégias de adaptação para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com disacusia. Dentre os exames para detectar hipoacusia, estão a audiometria tonal e vocal, impedanciometria e emissões otoacústicas.
Audiometria Tonal: Explorando a Jornada da Audição
A audiometria tonal é um exame fundamental na avaliação da saúde auditiva e desempenha um papel essencial no diagnóstico e manejo de perdas auditivas. O objetivo principal desse exame é determinar a capacidade do paciente de ouvir diferentes tons e frequências, o que permite identificar possíveis áreas de comprometimento na audição.
Durante o procedimento, o paciente utiliza fones de ouvido e é exposto a uma variedade de sons em várias frequências. O audiologista gradualmente aumenta a intensidade dos sons e o paciente sinaliza quando consegue ouvir cada som. Os resultados são representados em um audiograma, um gráfico que mostra a capacidade do paciente de ouvir sons em diferentes frequências e intensidades. Isso possibilita a identificação de perdas auditivas, sua configuração e gravidade.
Audiometria Vocal: Desvendando a Compreensão da Fala
Enquanto a audiometria tonal se concentra na audição de sons puros, a audiometria vocal concentra-se na capacidade do paciente de entender palavras faladas em diferentes níveis de intensidade. Esse exame é particularmente relevante para avaliar como a perda auditiva afeta a compreensão da fala em situações do dia a dia.
Neste exame, o paciente repete palavras ou sentenças que são apresentadas através dos fones de ouvido. A intensidade do som é ajustada, e o paciente responde indicando quais palavras ouviu corretamente. Isso ajuda a determinar não apenas o limiar de audibilidade do paciente, mas também a relação entre a intensidade do som e a compreensão da fala.
Impedanciometria: Explorando as Complexidades da Orelha Média
A impedanciometria é um exame que oferece informações detalhadas sobre a função da orelha média. Este exame é particularmente útil na identificação de condições como otites médias, infecções no ouvido médio, e efusões de líquido.
Durante o teste, uma sonda é inserida no canal auditivo. A sonda gera variações na pressão do ouvido médio enquanto mede as mudanças na complacência do sistema timpânico e a impedância do ouvido médio. Isso fornece informações valiosas sobre a mobilidade da membrana timpânica e as condições da orelha média.
Emissões Otoacústicas: Sondando a Saúde da Cóclea
As emissões otoacústicas são um método não invasivo de avaliação da saúde do ouvido interno, especificamente da cóclea. Durante o exame, sons suaves são emitidos no canal auditivo. Se a cóclea estiver saudável, ela responderá gerando suas próprias emissões sonoras, que podem ser medidas e analisadas.
Esse exame é particularmente útil na detecção precoce de danos ou problemas na cóclea, como a perda auditiva sensorioneural. Emissões otoacústicas podem ser usadas para triagem auditiva em recém-nascidos, avaliação de zumbido (tinnitus) e monitoramento de certos distúrbios auditivos.
Segue abaixo um vídeo abordando sobre o assunto:
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